quarta-feira, abril 26, 2006

Quando eu fui para Belo Horizonte...

Fui para lá, sim. Mas já faz anos luz. Foi há muito tempo, mais de 10 anos.
Parece que faz mais tempo porque naquela época eu não tinha nem e-mail.
Infelizmente bobiei e não levei câmera fotográfica, não tenho nenhuma foto da cidade ou das pessoas maravilhosas que conheci por lá.
Ficou só na memória os registros visuais desta experiência.
Eu queria contar uma cena apenas por hora.
Se passou em uma visita que fiz a um parque da cidade (infelizmente não me lembro em qual deles que foi).
Primeiro fiquei encantadíssima com a diversidade de pássaros coloridos e cantores passando bem pertinho da gente.
A primeira reação foi:
"Olha! Um passarinho fora da gaiola!" (Observações de paulista, lógico).
O parque é muito grande e com vários caminhos para passeio.
Dali a pouco, outra surpresa:
"Olha!! Macaquinhos fora da jaula!!"
Eram pelo jeito uns pequenos micos que estava em um bando animado e barulhento (mas só de gritinhos).
Quando percebemos, eu e minha amiga, eles estavam se aproximando do poste de luz. Primeiro eles ficaram pulando nos fios, para o nosso espanto. Logo veio o inevitável: um macaquinho chegou muito perto do poste e caiu.
Quando cheguei perto, ele estava com o pêlo todo arrepiadinho, com as patinhas todas duras, até o rabo esticado e os olhos arregalados. Num ímpeto de heroísmo, eu e minha amiga Cristiane resolvemos pegar o macaquinho e procurar algum funcionário... quem sabe aquele macaquinho ainda teria salvação...
Mas não sabíamos direito o caminho de volta. Entramos à direita, à esquerda, nos perdemos.
O macaquinho foi relaxando, amolecendo. Fiquei com medo que ele fosse morrer. Mas não demorou muito ele bocejou e voltou a si. Saiu pulando de minha mão, correu para as árvores.
Ih... tomara que agora ele não se perca... já pensou? Tentando salvá-lo e relegando o sapeca para fora do grupo... enfim, acho que bicho se vira. E pelo jeito ele estava melhor que a gente.
Não sei se já estávamos perdidas antes, ou se atarantadas com o bichinho eletrecutado, nos metemos por lugares que não tínhamos andado, só sei que nos perdemos feio.
Passou uma hora de caminhada e ainda estávamos sem saber para que lado ir.
Dei uma idéia: andar até o mirante e de lá "mirar" a saída. Um século e 500 pernas para subir. Meio século para descer (é mais rápido). Mas quando chegamos na saída quase ficamos presas, ainda não tinha ido embora o funcionário da portaria (é isso mesmo, o parque já tinha até fechado).
Nossa, acho que nunca tinha andado tanto na minha vida. Provavelmente não andei ainda.
Fiquei tão cansada que tive até febrão de noite.
Mas valeu a pena...
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